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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tenho pra mim que sei lá

Houve um tempo quando eu era metida a espírita.
Durante muitos anos, li tudo que pude sobre o assunto,
fui a sessões, mesa branca, recebi passes, assisti a muitas palestras. Não sei se por mera curiosidade, se por uma enorme vontade de "crer" nalguma coisa. Não importa. O que vale, o que ficou dessas leituras e experiências foi o benefício da dúvida que dei a mim e à doutrina.A Doutrina Espírita me tirou as poucas e rasas "certezas", e me atenazou os milhares de dúvidas.

As dúvidas - acerca de tudo - persistem; as poucas
certezas se extinguiram. O respeito por pessoas
da estirpe de Chico Xavier, não tenho como negar.

Vivi na pele muita coisa "estranha", que um observador tendencioso chamaria de "fenômenos sobrenaturais". Mas quem sou eu pra dizer o que é ou não "natural"?
Conheço todas as "leis" da natureza?

Tenho profunda admiração pelo matemático e pedagogo poliglota (entre outras coisas não menos importantes) Denizard Rivail, vulgo Alain Kardec, uma das mentes privilegiadas do século dezenove. Daí a assinar tudo que ele diz...
vai uma distância - não tão grande quanto eu gostaria.

Se eu tivesse uma "religião", uma crença firme no "Eterno"
ou coisas que-tais, seria embasada na doutrina espírita,
estejam certos disso. Não só porque prima pela lógica,
mas principalmente porque foge do fanatismo.

Hoje, dada a "circun-navegação" em que [literalmente] derivo...
não sei mais nada, ou melhor, sei ainda menos do que sempre não soube.
Isso é bom, acho. As certezas são perigosas, e A Dúvida é tudo o que temos de concreto. Ao menos isto eu aprendi, nesta "longa jornada em busca de mim".

Fato, mesmo, só que, sob alguns pontos de vista, estou viva.
E que um dia essa sopa vai acabar. O resto... iê-iê!

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