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domingo, 10 de abril de 2011

Tudo sempre pode piorar

Ai, fico arrasada quando vejo o Bial no Big Brother.
Mas tem coisa pior. É quando a gente é chamada
de careta, frustrada, "sem noção", se se mostra
indignada com o que "rola" na mídia, especialmente na TV.
Dia desses quase matei uma criatura de susto porque
disse que nunca vi o BBB em qualquer de suas 11 asquerosas edições.
Disse a beldade de 16 anos que sou uma "baranga muito da mal amada
e tô precisando de homem". Infelizmente é verdade - pensei.
Mas vou morrer precisando, porque é bicho praticamente extinto. 
Ora, se encontrar um macho já é difícil, imagina um homem.
 
Não sei não, mas acho que quem está subindo pelas paredes 
e precisando de homem é quem, já aos 16 aninhos,
se posta diante de uma TV pra ver OS OUTROS fazerem sexo
ou coisa que o valha... né não?

Rabugice

Não te esqueci não, amiga. Mas tenho sido
negligente. Foi maus.
Fico pensando em como me sinto abandonada, sempre que não vejo 
alguns amigos na caixa de e-mails. Acho imperdoável. 
Principalmente da parte de uns poucos, que eu considero pedaços de mim.
Cada um tem sua vida, seus problemas, claro. Casa, labor e lazer,
filhos, pais, irmãos. Não têm tempo de me paparicar.
Não digo que "entendo", não. Porque não entendo. E não desculpo.
Acho descaso, falta de consideração. 
Um e-mail por semana, um telefonema, é o mínimo
de atenção que uma amiga porreta como eu merece.
Eles não acham. Sabem que "estou sempre aqui", não
têm medo de me "perder", ou, na melhor das hipóteses,
têm esperança de me ver por perto ainda alguns anos.
Continuo procurando desculpas pra eles. Não têm.
Estou "cobrando"? Estou, sim. Tenho certeza que faço jus a um pouco
mais que presentes e  jantares de aniversário, convites
pra ceia de natal e ano novo. Isso a gente faz para um grupo de
pessoas próximas, conhecidos em geral. Eu me recuso a ser "mais um". 
Porque nenhum deles é apenas "mais um" pra mim. São prioridade,
e tenho mostrado isso de todas as formas que posso - infelizmente
são poucas e - hoje sei - irrelevantes.
Ei, liga não. Eu tava precisando ser chata e rabugenta, 
e sobrou pra ti.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Terror em Realengo

Terror é força de expressão. Essa saraivada de tiros na escola carioca não passa de mais um furdunço na periferia do Rio. Naturalmente com vítimas fatais. Trágico, mas não tragédia: um crime premeditado não é tragédia. Novidade, sim, porque essas coisas são - ou eram - mais comuns na Escócia, na Inglaterra, nos Estados Unidos. Perigo é virar moda, como sequestros-relâmpagos, venda de drogas nos bailes funk, ataques a ônibus, arrastões etc. Onze mortos, entre eles o bandido, que, inspirado pelo fundamentalismo que vê na TV todo dia, coerentemente se suicidou. Adoro esses eufemismos policiais. Se eu fosse
secretário de segurança ou governador do Rio, condecorava esse policial que "suicidou" o cara. Meu herói.