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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Deriva

Soçobram meus navios
E eu sem praia já não posso vê-los.

Só sobram-me uns rios
As velas rotas do corpo
A vertigem dos apelos
E os meus sonhos marinheiros
Perdidos nalgum mar.

Rotas as velas do corpo
As rotas e o porto
Te revelam: velas
O desconsolado pranto
E desconsola a dor
De não saber quem mais perdeu,
Tu ou eu.

Só sobram desvarios
E desse nunca-mais-te-ver
A grande dor que deu
Porque foste, sem saber,
A parte de mim que mais morreu.

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