As lembranças de ti
São sentinelas a postos
Me atravancando as saídas.
Tenho as pontes vigiadas
por fileiras de remorsos
As torres sitiadas pelos meus mortos
Queridos - são minhas fronteiras.
E porque os amo tanto,
Até me apraz que já não vivam.
É preciso dormir para encontrá-los
Distinguir ausência de calor e frio.
É preciso adormecer pra divisá-los
E as retinas clamam por Estio.
Ergo paliçadas e vigias
Lubrifico bacamartes e gazuas.
Vejo mãos em meu socorro –
-elas brotam das trincheiras
Mas não são as tuas.
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