crisca1808@gmail.com

domingo, 1 de agosto de 2010

Lume

A alma tem asas
Mas suas patas pesadas
Patinam no lodo do ciúme.
Trago-te o círio dos desejos
Desatentos: vacilante lume.

A Morte é ágrafa, mas tem alma erudita
Poliglota, e mestre de retórica
Mas pra ironizar não rima
E só usa a minha língua.

Foram tantos os acenos
Que entre nós
Já não cabem despedidas
No dobre dos adeuses
Antes e depois
Somos sempre sós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente