Perdi esboços de mim
No que me fizeras
E soube então que o amor
Que me sentiras
Não cresce nem atrofia
Somente porque existiras.
Os olhos me silenciaras
E as paisagens internas povoas
Em raras melodias – e perfis.
Não me abranjo: ocupo de mim
Os só-espaços em que me fugiras.
Se hoje vens eu não te desdenhara
Como um dia fiz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente