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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Delírio

Não sei o que o amor faz de mim.
Foge-me tudo quanto sou,
O espelho não me reconhece.

Não gosto de quem sou, amando.
Sobram-me braços e dedos,
E fujo ao alcance
Dos meus próprios medos.

Mas sei o quanto te superas
Para amar-me
Sei o quanto te burila a alma
Esse gostar de mim.

É sagrado o nosso amor
Como se eu fosse tudo
E o mais não contasse;
Como se não houvesse fim
E pudesses ir comigo
Aonde eu me lançasse.

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