crisca1808@gmail.com

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Crucificação

Eu conheço a crucificação:
Não tocar a pedra rara
Da tua paixão.

Tem um sabor amargo
E não há mel que o adoce
Não poder roubar-te à morte.

Conheço o mais cruel exílio:
Não cantar para o teu filho,
Não dormir no teu abraço.

E de todas as torturas
Sobrevivo à mais infame:
Saber que tu procuras
Quem como eu te ame

Ainda que profane
Esse corpo – tão meu –
Desde que não seja eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente