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domingo, 12 de setembro de 2010

Mim pessa que eu ajudo

Acham que eu exagero, não é?
Pois saibam que diariamente recebo uma pá de e-mail
em "dialetos" estranhos, que despetalam
a Flor do Lácio bem diante do meu pasmado nariz.

Quem dera fosse só via e-mail.

Sofro assaltos-a-língua-armada
via pop-ups, blogs e sites em geral,
inclusive - inclusive nada,
principalmente! - em nichos literários.
Está certo que os tempos são outros.
Tudo bem que a língua é dinâmica etc.
Mas tem horas que me bate um desalento...

Preconceito. Intolerância. Caretice.
Certo, de tudo tenho um pouco.

Você, claro que não.

Acontece que estou aqui à trabalho,
não vim pra paciar, informou-me
dia desses um contato online.

Daí que me dispus a esclarecer
quem tivesse a humildade de perguntar:
Ei, Cris, é com j ou com g?
Está ou estar? Se eu poder ou se eu puder?
Cançasso ou canssaço? Anciedade. Destorçer os fatos.
Emprimir verassidade aos textos, ir à nado,
encarar de frente à vida, perigo eminente.
E por aí vamos.

Quando não sei,faço por onde.
Tudo por e-mail, claro, que é pra não constranger.
Ninguém é obrigado a ser Machado de Assis.
Mas, putsgrill!  custava escrever do jeito
que foi "combinado"? Para isto existem os códigos,
pra gente se entender, tá ligado? Se não para
tanto, ao menos para termos em que estribar
os arranca-rabos.

Pode me xingar, chingar, ou esculhambar à vontade.
Mas numa língua ONDE eu entenda, please.

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