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domingo, 10 de abril de 2011

Rabugice

Não te esqueci não, amiga. Mas tenho sido
negligente. Foi maus.
Fico pensando em como me sinto abandonada, sempre que não vejo 
alguns amigos na caixa de e-mails. Acho imperdoável. 
Principalmente da parte de uns poucos, que eu considero pedaços de mim.
Cada um tem sua vida, seus problemas, claro. Casa, labor e lazer,
filhos, pais, irmãos. Não têm tempo de me paparicar.
Não digo que "entendo", não. Porque não entendo. E não desculpo.
Acho descaso, falta de consideração. 
Um e-mail por semana, um telefonema, é o mínimo
de atenção que uma amiga porreta como eu merece.
Eles não acham. Sabem que "estou sempre aqui", não
têm medo de me "perder", ou, na melhor das hipóteses,
têm esperança de me ver por perto ainda alguns anos.
Continuo procurando desculpas pra eles. Não têm.
Estou "cobrando"? Estou, sim. Tenho certeza que faço jus a um pouco
mais que presentes e  jantares de aniversário, convites
pra ceia de natal e ano novo. Isso a gente faz para um grupo de
pessoas próximas, conhecidos em geral. Eu me recuso a ser "mais um". 
Porque nenhum deles é apenas "mais um" pra mim. São prioridade,
e tenho mostrado isso de todas as formas que posso - infelizmente
são poucas e - hoje sei - irrelevantes.
Ei, liga não. Eu tava precisando ser chata e rabugenta, 
e sobrou pra ti.

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