No peito um velho sobrado
de corredor sombrio.
Range a tábua do assoalho
Bruxuleia a parafina,
Os ratos morrem de frio.
Com a saliva dos segundos
Esguia artesã tece segredos
Na louça do aparador.
Talento não lhe falta, nem medo,
Só lhe falta amor.
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