Eu conheço a crucificação:
Não tocar a pedra rara
Da tua paixão.
Tem um sabor amargo
E não há mel que o adoce
Não poder roubar-te à morte.
Conheço o mais cruel exílio:
Não cantar para o teu filho,
Não dormir no teu abraço.
E de todas as torturas
Sobrevivo à mais infame:
Saber que tu procuras
Quem como eu te ame
Ainda que profane
Esse corpo – tão meu –
Desde que não seja eu.
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