A alma tem asas
Mas suas patas pesadas
Patinam no lodo do ciúme.
Trago-te o círio dos desejos
Desatentos: vacilante lume.
A Morte é ágrafa, mas tem alma erudita
Poliglota, e mestre de retórica
Mas pra ironizar não rima
E só usa a minha língua.
Foram tantos os acenos
Que entre nós
Já não cabem despedidas
No dobre dos adeuses
Antes e depois
Somos sempre sós.
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